Tema foi abordado por membros da Brigada dos Bombeiros, em evento, nesta quinta-feira (23/03), no Paço Municipal de Hortolândia
“Em caso de incêndio, o fogo é preocupante? Sim, mas o elemento com alto potencial letal é a fumaça. Se você mora em edifício, não espere a situação se agravar e chegar à sua porta. Ao ouvir o alarme de incêndio, não ignore, não pague para ver. Saia para local seguro, antes de o ambiente estar tomado pela fumaça, pelo calor, por gases que podem ser tóxicos, asfixiantes e levar à perda de consciência, ceifando vidas.” A orientação, válida também para outras edificações, foi passada pelo sargento Cléber Antunes, do Corpo de Bombeiros de Hortolândia, na manhã desta quinta-feira (23/03), durante a segunda palestra da Sipat 2023 (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho). Três outros membros da brigada local, o sargento Edílson Dias e os soldados Gustavo Guedes e Rafael Soares, também participaram do evento, que reuniu mais de 60 servidores de diversas secretarias municipais, no corredor de entrada do Paço Municipal “Palácio das Águas”, no Remanso Campineiro. Para chamar a atenção da comunidade para a importância do tema, a brigada trouxe inclusive o caminhão vermelho da corporação, equipado com bote usado em salvamentos.
O município conta com a brigada local dos Bombeiros desde 2014. Além do combate ao incêndio, serviço pelo qual é mais conhecida, a brigada realiza também salvamento terrestre, aquático, nas alturas e envolvendo produtos perigosos, bem como ações educativas e instrutivas, como esta feita na Sipat. Segundo Antunes, no Estado de São Paulo há 8 mil bombeiros militares, mesmo efetivo desde 1996. Com recursos e pessoal limitados, a corporação conta com o apoio da comunidade, para que esta atue em parceria e de maneira consciente, evitando acionar os bombeiros desnecessariamente, sem dimensionar o caso para o qual pede auxílio. “A população precisa ter critérios, sobretudo agora que para tudo se usa o celular. Heroísmo não é para todos nem para todos os momentos. É preciso dimensionar o risco. Mas há casos em que a população pode atuar dentro da ideia de defesa civil. Às vezes, um balde de água resolve o problema. Nem todo fogo é incêndio. Há fogo controlado, como o caso de queima de folhas num terreno ou no quintal. Antes de chamar a corporação, procure verificar, buscar detalhes para informar à equipe. Para quem mora em edifício, é importante saber informar sobre os extintores, o plano de evacuação do local. O incêndio tem vítimas ou não? Você já procurou saber se entre os vizinhos há crianças, pessoas idosas ou com deficiência, seja visual, auditiva, física? Quem vai conduzir este vizinho até a saída, numa situação assim? É preciso saber, porque isso muda a nossa estratégia de ação. Contamos com o apoio da população no entendimento do que é a defesa civil”, complementa Antunes.
Entre os presentes estava Zilda Caineli Pessoa, servidora da Ouvidoria da Saúde, que acompanhava com atenção às orientações do sargento. “Foi uma palestra muito instrutiva, dinâmica e produtiva. Não havia pensado nisso. Mas precisamos conhecer melhor nosso condomínio. Estudar a planta, saber onde ficam os extintores, como é o plano de evacuação, conversar com o síndico, saber sobre os vizinhos. Não para saber da vida do vizinho, mas para saber o que fazer num caso de incêndio e orientar os bombeiros, como ele falou”, afirmou a servidora.
Antes de abrir para perguntas, o secretário adjunto de Educação, Ciência e Tecnologia, Renato Muccillo, integrante da Cipa I, que reúne os profissionais da Educação, relatou um caso pessoal, em que os conhecimentos sobre como prevenir acidentes foram decisivos para controlar um princípio de incêndio num carro, gerado acidentalmente por uma criança. “Basta um piscar de olhos para um acidente acontecer e um incêndio começar. É preciso ter conhecimento mínimo, estar preparado para agir e evitar grandes tragédias”, ressaltou o gestor.
Programação se encerra nesta sexta
A terceira e última palestra da programação será nesta sexta-feira (24/03), às 8h30, e enfocará os “Primeiros Socorros”. O tema será abordado por profissional do Samu-Hortolândia (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Voltada ao funcionalismo municipal, mas aberta ao público em geral, a Sipat 2023 é promovida pelas Cipas (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes) 2023-2024 da Prefeitura de Hortolândia. Para participar da programação não é preciso fazer inscrição.
“Segurança é vida! Saúde mental e bem-estar no ambiente de trabalho” é o tema deste ano. A abertura oficial aconteceu na terça (21/03), com palestra de Ricardo Barbosa, diretor de Planejamento e Projetos da Secretaria de Mobilidade Urbana, sobre “Segurança no Trânsito”. Este ciclo de atividades da Sipat 2023, com palestras matinais, a partir das 8h30, na sede do Executivo Municipal, é dirigido ao funcionalismo em geral e se encerra nesta sexta (24/03).
“A importância da retomada da Sipat, após um longo período de paralisação em virtude de diversos fatores, reforça o compromisso de um futuro de segurança e saúde para todos nós servidores municipais”, afirma o presidente da Cipa III (Demais Secretarias Municipais), Édson Douglas Aparecido Ferraz.
Sipat para a Educação
Até o dia 19 do mês de abril, acontece também, paralelamente, o ciclo de atividades da Sipat para os servidores da Educação. A programação, com palestras sobre a importância da saúde mental e bem-estar no ambiente de trabalho, é voltada a professores, diretores, assistentes de direção, coordenadores pedagógicos e educadores infantis, dentre outros. As atividades remotas acontecem por meio do Portal da Educação.
Confira as atividades da Sipat 2023:
24/03, sexta-feira, 8h30 – Palestra sobre “Primeiros Socorros”, com o enfermeiro Stefano Ferreira, do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)-Hortolândia
20/03 a 19/04, 19h – Atividades para profissionais da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia via Portal da Educação.
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