Esse é o resultado preliminar do segundo monitoramento dos artefatos realizado pela Prefeitura, semana passada; em paralelo, município segue com busca ativa na regiões do Jd. Amanda, Jd. das Figueiras e Jd. Novo Cambuí, esta semana
As armadilhas contra Aedes aegypti impactam na redução do número de Aedes aegypti. Esse é o resultado preliminar do segundo monitoramento dos artefatos instalados em residências do Jardim São Sebastião. A ação foi concluída pela Prefeitura de Hortolândia, na semana passada. A UVZ já havia feito a primeira vistoria, entre abril e maio, que comprovou a eficácia das armadilhas.
De acordo com a UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde, as equipes visitaram as casas e conversaram com os moradores que aceitaram receber as armadilhas para avaliar como está a situação.
“De forma geral, tivemos muitos relatos dos moradores sobre a diminuição da presença de mosquitos voando. Isso é um bom sinal”, resume o veterinário do órgão, Evandro Alves Cardoso. Ainda durante as visitas, os agentes receberam a devolução de apenas duas armadilhas instaladas.
Outra ação importante que as equipes fizeram nas visitas foi a troca da tela que compõe cada armadilha. As telas estão impregnadas com micropartículas de larvicida. A substância inibe o crescimento das larvas que são depositadas pela fêmea do Aedes aegypti no balde com água, que compõe a armadilha.
As micropartículas de larvicida aderem no corpo da fêmea do Aedes aegypti. Com isso, o objetivo é fazer com que a fêmea dissemine o larvicida em outros criadouros onde ela for depositar mais ovos. De acordo com a UVZ, a troca da tela é feita uma vez por mês. A previsão é que as visitas de monitoramento devam ser realizadas até setembro.
PROJETO-PILOTO
O projeto-piloto de armadilhas contra Aedes aegypti foi desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição vinculada ao Ministério da Saúde, órgão do governo federal. A implantação do projeto-piloto é feita em âmbito nacional.
De acordo com o Ministério da Saúde, o projeto consiste em colocar estações disseminadoras de larvicida (EDLs). As estações são baldes com água e telas de feltro. As telas estão impregnadas com larvicida.
Por ser um projeto-piloto, a UVZ ressalta que as armadilhas foram colocadas somente em algumas casas do Jardim São Sebastião. O bairro foi escolhido por ser uma região com grande número de casos de Dengue.
Hortolândia recebeu do governo federal 600 armadilhas. No entanto, a UVZ ressalta que instalou 365 armadilhas. Nem todas foram colocadas. Uma parte delas fica guardada como reserva técnica, para serem usadas caso seja necessário trocá-las. A UVZ instalou as armadilhas em março deste ano. Também em março, os agentes da UVZ receberam treinamento sobre as armadilhas.
BUSCA ATIVA
Em paralelo às armadilhas, a Prefeitura de Hortolândia segue com a ação semanal de busca ativa para eliminar o Aedes aegypti. Nesta semana, as equipes do órgão percorrem as regiões do Jardim Amanda, Jardim das Figueira e Jardim Novo Cambuí para executar a ação.

De acordo com a UVZ, Hortolândia registra este ano casos 18.602 casos notificados de Dengue, dos quais 6.187 casos positivos, três óbitos confirmados e cinco óbitos em investigação. Já de Chikungunya são 17 casos notificados, sendo dois casos positivos e sete casos em investigação. Este ano, o município ainda não registra nenhum caso de Zika.
TESTE RÁPIDO E VACINAÇÃO
Outra ação preventiva da Prefeitura de Hortolândia é a oferta de teste rápido aos moradores para detecção de Dengue. O município também mantém a vacinação contra a doença. Hortolândia recebeu mais doses da vacina do governo do Estado no mês passado. Em Hortolândia, o imunizante está disponível nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). A aplicação é feita diariamente, das 7h30 às 15h30.