“O amor é a matéria-prima da renovação”, diz Paulinho Moska em seu show em Hortolândia

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O consagrado artista foi a atração do projeto “Amores de Hortolândia”, promovido pela Prefeitura em comemoração ao Dia dos Namorados, na noite desta quinta-feira (12/06)

O amor literalmente deu as boas-vindas para os casais que foram conferir o show de Paulinho Moska, na noite desta quinta-feira (12/06). O artista foi a atração do projeto “Amores de Hortolândia”, promovido pela Prefeitura, em comemoração ao Dia dos Namorados, no auditório da Câmara Municipal.

Logo na entrada, os casais eram recepcionados com um painel luminoso com a palavra “LOVE” (amor, em inglês). No saguão havia ainda outros dois paineis instagramáveis, um em formato de coração decorado com flores, e outro com um mural, também florido, com o nome do projeto iluminado, junto com um banco de madeira. E para registrar a noite especial, os casais ainda puderam entrar em uma cabine de fotos.

Assim que chegou, o casal Roberto e Maria Gabriela, moradores do Parque Terras de Santa Maria, fizeram suas selfies apaixonadas. “Achei fantástica essa ideia dos painéis. Já vou postar as fotos”, disse animada Maria Gabriela. O casal tinha mais um belo motivo para comemorar: eles completaram três anos de união matrimonial.

Antes do show, foi exibido um trecho do documentário “Fênix: O voo de Davi”. O documentário conta a história do luthier e bombeiro Davi Lopes. Ele atuou no trabalho para debelar o incêndio que destruiu o Museu Nacional e grande parte do acervo histórico mantido pela instituição, na cidade do Rio de Janeiro, em 2018. O museu ocupava o palácio que foi a residência do imperador Dom Pedro I.

O bombeiro recolheu algumas madeiras que sobraram do incêndio, e com elas fabricou instrumentos musicais, dentre os quais dois violões. Os instrumentos estão sob a guarda do museu, e foram “apadrinhados” por Paulinho Moska. O cantor toca os instrumentos na sua atual turnê, “Os violões Fênix do Museu Nacional”, com a qual veio a Hortolândia.

O secretário de Cultura, Régis Athanázio Bueno, destacou a noite especial ao saudar o público. “Nesta noite fria, e todos querem ficar agarradinhos com o seu amor. Com o espetáculo de hoje, a Prefeitura amplia e qualifica ainda mais a programação de shows que tem trazido aqui para a cidade. Trabalhar com a cultura não é fácil. É um trabalho de formiguinha. Criar hábitos culturais leva tempo. Mas, graças ao esforço e trabalho da Prefeitura, Hortolândia está entrando na cena cultural de São Paulo. Muitas pessoas de outras cidades têm vindo a Hortolândia para conferir os shows e eventos culturais que acontecem aqui. A cultura transforma vidas. Faz bem para a saúde mental”, destacou o secretário.

RENOVAÇÃO

Os corações dos casais ficaram ainda mais aquecidos com o show de Paulinho Moska. Ao subir ao palco, o músico saudou o público. “Que bom! Que alegria! Feliz Dia dos Namorados! Esse show é sobre renovação. O amor é a matéria-prima da renovação”, disse com carinho.

Ao longo do show, o cantor e compositor brincou, riu e fez o público rir, além de encantar todos com um repertório formado por algumas de suas canções mais conhecidas, dentre as quais “Tudo novo de novo”, “A seta e o alvo”, “Somente nela”,”Lágrimas de diamante”, “Namora comigo” e “Quantas vidas você tem”.

Entre uma música e outra, o artista falou sobre os violões que utilizou no show. Contou que o violão com cordas de nylon foi feito com madeiras do quarto que era utilizado por Dom Pedro I.

Ele também mostrou seu lado intérprete com quatro belas versões de clássicos da música brasileira: “Refazenda” (Gilberto Gil), “Sentado à beira do caminho” (Roberto e Erasmo Carlos), “Juízo Final” (Nelson Cavaquinho) e “Quem sabe isso quer dizer amor” (Milton Nascimento).

Após o show, o artista contou mais sobre os instrumentos musicais que tocou na apresentação. “Um violão é feito com madeira tratada, que muitas vezes é importada da Espanha. Mas esses dois violões foram feitos com uma madeira que não foi tratada. Mas, apesar disso, cada um deles tem um som peculiar. Eles têm uma coisa que é, ao mesmo tempo, trágica e bela”, destacou o artista.

Na atual turnê, o artista contou que, ao longo dos shows, tem descoberto novos sentidos em versos de suas músicas antigas. Para ele, o show em formato voz e violão proporciona desafios. “É o fundamento. É o ponto de partida, de como faço e componho as músicas em casa. Eu toco desde os 13 anos, então tocar tem esse lado que é fácil por já fazer isso há tanto tempo. Mas é também difícil. Como eu canto a maioria dessas músicas nos shows, é um desafio, porque tenho que apresentar algo especial para o público a cada noite”, explicou o cantor.

– Fonte: Prefeitura de Hortolândia.